Há 53 anos, Mané Garrincha foi expulso na semifinal da COPA 62 em jogo contra Chile. Teria suspensão automática e não jogaria a final.
Naquele momento (COPA 62) Garrincha representava o mesmo que Neymar representa para a seleção atual, isto é, tudo! Era o cara. Era o Craque. Foi o cara que carregou a seleção naquela Copa.
Garrincha foi expulso por chutar o lateral chileno que o
marcava. Chutou, sim! Isto é, deu um totózinho na bunda do cara que estava dando porrada
nele durante o jogo todo... E é aí que que entra a tão decantada malandragem brasileira no futebol.
Paulo Machado de Carvalho, chefe da Delegação exercia a função que atualmente é do João Dória JR. descobriu que o juiz, o peruano Yamasaki, não tinha visto a agressão de
Garrincha.
O árbitro expulsou Mané, somente após ter sido avisado pelo auxiliar uruguaio
Estéban Marino, que havia acompanhado de perto o lance. E foi assim que ele relatou na súmula.
Portanto, no julgamento de Garrincha, a testemunha mais importante era
Esteban Marino.
Paulo Machado de Carvalho, em uma conversa ao pé do ouvido ofereceu um
contrato ao Uruguaio Estéban Marino para apitar em São Paulo.
o salário oferecido seria muito
superior ao que ganhava no Uruguai, mas com uma condição:
Ele teria que “faltar” ao julgamento...
Ele teria que “faltar” ao julgamento...
Naquela madrugada, devido a um gravíssimo “ problema de família”, Estéban Marino teve que regressar com
urgência ao Uruguai... Mané foi absolvido, jogou a final e o Brasil foi bicampeão.
Se antes os dirigentes usavam a malandragem para a vitória da seleção,
hoje usam a seleção para roubar e enriquecerem.